Erros mais comuns no tratamento da enxaqueca, observados no consultório
setembro 29, 2025 | by draloisiopontilopes
OU “COMO PIORAR A SUA ENXAQUECA E TORNÁ-LA UMA DOR DIÁRIA ¨
1) Fazer uso frequente de analgésicos comuns à base de dipirona, paracetamol, anti-inflamatórios, relaxantes musculares, corticóides, opióides, sem nenhuma orientação ou receita médica (simplesmente comprando no balcão da farmácia);
2) abusar de triptanos, sem tratamento preventivo, sem orientação médica;
3) tratar enxaqueca no pronto-socorro, tomando medicação “na veia” / soros , sem orientação de especialista – tramadol, codeína e outros opióides; corticosteroides, dipirona e sem tratamento preventivo;
4) fazendo inúmeros exames desnecessários que sempre dão resultados normais (sangue, tomografia , ressonância, líquor) , sem orientação ou indicação de um especialista, e continuando a tomar analgésicos, sem tratamento preventivo (principalmente o abuso de exames com radiação, raio-x e tomografias);
5) nunca seguir as orientações não medicamentosas para o tratamento;
6) não usar um calendário de dor / não anotar os dias de dor;
7) anotar apenas os dias de “dor forte” , esquecendo-se de anotar as de menor intensidade;
8) não fazer retornos regulares ao especialista, conforme orientado;
9) interromper abruptamente o tratamento preventivo, sem orientação do médico;
10) submeter-se a terapias não convencionais e sem nenhuma comprovação científica.
Seguir o tratamento é importante !
O tratamento preventivo da enxaqueca é fundamental para quem sofre com crises frequentes, intensas ou incapacitantes. Sua importância vai muito além de apenas aliviar a dor — ele atua na raiz do problema, reduzindo a frequência, a duração e a gravidade das crises, além de melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente.
Principais benefícios do tratamento preventivo da enxaqueca:
- Redução da frequência das crises
Pessoas que têm 4 ou mais crises por mês (ou menos, mas muito debilitantes) se beneficiam especialmente do tratamento preventivo. Medicamentos ou estratégias não farmacológicas podem diminuir o número de enxaquecas em até 50% ou mais. - Diminuição da intensidade e duração
Mesmo quando a crise ocorre, ela tende a ser menos severa e mais curta, facilitando o manejo com analgésicos comuns. - Prevenção da cronificação
Sem tratamento adequado, a enxaqueca episódica pode evoluir para enxaqueca crônica (15 ou mais dias com dor de cabeça por mês). O tratamento preventivo ajuda a evitar essa progressão. - Menor uso de medicamentos de resgate
Quem usa analgésicos com muita frequência corre o risco de desenvolver cefaleia por abuso de medicamentos, uma condição que piora o quadro. O preventivo reduz essa dependência. - Melhora na produtividade e bem-estar
Enxaquecas frequentes afetam o trabalho, os estudos, as relações sociais e a saúde mental. Com menos crises, o paciente recupera sua rotina e autoestima.
Quem deve considerar o tratamento preventivo?
- Quem tem ≥3 crises por mês
- Crises que duram mais de 24 horas
- Enxaquecas que não respondem bem aos medicamentos de ataque
- Presença de aura prolongada ou preocupante
- Impacto significativo na qualidade de vida
- Contraindicação ou efeitos colaterais graves com medicações de resgate
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